Tecnologia inovadora para o setor, o GroundEye, é aliado do setor sementeiro na análise de lotes para plantio.
Importante para a proteção do solo, rotação de culturas e fonte da rentabilidade do produtor, a safrinha, também chamada de segunda safra ou plantio da seca, é caracterizada pelo plantio no período após a colheita de verão, geralmente em fevereiro/março. Ela pode ser mais produtiva com o auxílio de tecnologia de ponta de análise por imagem, o GroundEye, que auxilia na avaliação da qualidade das sementes. Por ser um período com condições adversas para a germinação e crescimento da semente, o Ideal é escolher cultivares mais adaptados à região, bem como, selecionar sementes de alto vigor e germinação.
“O grande desafio é produzir bem em condições adversas (menor fertilidade, menor umidade, temperaturas e luminosidade em queda). Todo esse cenário exige que cada produtor busque trabalhar com o que há de melhor em tecnologia agrícola para garantir sua produtividade, e a semente não pode ficar de fora deste cuidado. Uma boa semente deverá ter alto vigor para germinar, crescer e se estabelecer rápido, suportando stress hídrico, grande amplitude térmica e competição com espécies invasoras”, explica João Paulo Pedroso, agrônomo e gerente comercial da Tbit, empresa especializada em análise de qualidade de sementes por imagem.
Inovação tecnológica por imagem ajuda identificar a semente ideal para a safrinha
Sementes de maior tamanho possuem mais reservas e suportam um período maior sem chuva, quando se comparadas a peneiras (tamanhos) menores. Além da peneira, são importantes também a pureza, ausência de defeitos, germinação mínima de 90% e vigor mínimo de 85%. Porém, o desafio é identificar essas características e classificar o lote. “Tais padrões hoje são de difícil comprovação, já que os testes utilizados pelo mercado sementeiro são empíricos, onerosos e sujeitos a erros, pois dependem da interpretação subjetiva de um profissional analista. Não é incomum que um mesmo lote receba diferentes classificações, mesmo que os laboratórios sigam o mesmo método de análise. Por este motivo, enxergando a necessidade do mercado de mensurar de forma padronizada, rápida e confiável a qualidade da semente a ser semeada, é que criamos na Tbit o GroundEye, um sistema aliado do produtor e do sementeiro na avaliação e controle de qualidade da semente”.
O GroundEye vem sendo apontado pelo agronegócio como uma das principais inovações para o setor, pois pode avaliar de forma automatizada, ágil e padronizada diferentes características que permitirão comparar lotes de forma não subjetiva, ou seja, com a certeza da qualidade das sementes. Todas as características citadas acima como necessárias para obter sucesso na safrinha podem ser identificadas e classificadas pelo GroundEye, bem como a cor, textura, formado, injúrias, impurezas, e o próprio recobrimento proporcionado pelo tratamento da semente. “As informações são emitidas pelo sistema GroundEye via relatórios objetivos, planilhas ou análises estatísticas detalhadas, permitindo descobrir sem sombra de dúvidas qual é o melhor lote de sementes da cultivar escolhida”, completa o especialista.
Como saber qual cultivar é ideal para cada região?
A busca de orientação qualificada de um engenheiro agrônomo é a melhor forma de descobrir cultivares recomendados para cada região. Entidades de pesquisa e extensão rural, além das próprias empresas que produzem e comercializam sementes podem fornecer recomendações valiosas. Via de regra, é observada uma preferência no cultivo de milhos precoces na safrinha, sucedendo a soja e proporcionando a rotação de culturas. “O milho, porém deve ser semeado o mais cedo possível. A data limite é geralmente 15 de fevereiro, podendo se estender em regiões com registro histórico mais chuvoso. Não respeitar essa data limite é uma aposta arriscada, já que a chance de faltar água em momentos críticos do desenvolvimento da cultura é grande”. Para os produtores com atrasos no plantio da safrinha de milho, uma opção a ser considerada para um plantio tardio na safrinha é a cultura do sorgo, que apesar de menos produtiva, é rústica, menos exigente e tolera melhor os períodos de estiagem do que o milho.